
Talvez ela seja positiva em alguns aspectos, e seja preciso encontrar o equilíbrio para que ela não se torne nociva. Mas como saber até que ponto ela é construtiva e até que ponto ela é paralisante?
A culpa é positiva para você tomar consciência de algo, ela te ajuda a refletir e a mudar o padrão de comportamento que desencadeou ela. Um psicopata por exemplo não sente culpa, ele justifica as suas ações e acredita nisso. Logo a culpa é positiva quando te faz refletir, analisar, pedir perdão, se redimir com as pessoas envolvidas e buscar mudar o comportamento desajustado.
Por outro lado, o excesso de culpa é destrutivo. A pessoa que fica presa na culpa se paralisa e busca a autopunição constante. Ela se julga muito, acha que não é merecedora e vive se sabotando. Nesse caso a culpa extrapola e se torna muito prejudicial, a pessoa não consegue sair do ciclo da autopunição e vive num eterno martírio. Até o momento em que ela traz para a consciência que é preciso se perdoar, que naquela época ela não tinha o entendimento que tem agora, que naquele momento fez o possível e o que sabia. Perdoar-se é o primeiro passo para sair desse ciclo de sofrimento constante.
Ana Maciel